Carta que dirijo à Neurologista Suzana Herculano Houzel em resposta ao seus comentários depreciativos sobre os alimentos vivos na reportagem da Folha, em 7 de setembro de 2010.
Para ver a reportagem da Folha de São Paulo: clique aqui
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Querida colega,
Li seu comentário na Folha sobre os alimentos crus e lamentei a referencia sobre Richard Wrangham, um cientista cujos resultados são totalmente contestáveis. Wrangham faz apologia favorável à indústria alimentícia. Se em alguns momentos da história da humanidade o cozimento serviu como alavanca para um suposto progresso material, faz-se óbvio perceber que hoje o cozimento – que é a base da massificação do uso das farinhas, do amido, do açúcar e da gordura hidrogenada – é peça chave na degeneração epidêmica que assola nossa população, principalmente quando falamos da renda mais baixa. Estes alimentos provém da mesma industria alimentícia que apoia os estudos deste controverso pesquisador (inclusive rejeitado por grande parte da comunidade de antropologia, principalmente pela forma superficial e leviana com que pesquisa e aborda os temas).
Lamento que você, sendo neurologista, que conheci pelo livro Cem Bilhões de Neurônios e por algumas reportagens do Fantastico (lamento quase não vejo TV), não possa defender um tipo de alimentação que dá o verdadeiro suporte ao cérebro; Os alimentos vivos fornecem em plenitude os óleos essenciais e vitaminas lipossolúveis fundamentais na estrutura e função cerebral. Alguns alimentos, como a semente de alpiste germinada, a linhaça hidratada e a semente da cannabis são os melhores fornecedores da dupla Omega 3-6 em suas proporções mais adequadas.
Nossa população está em falência de neurotransmissores, deprimida, ansiosa e fatigada, por não receber em suas dietas os tão fundamentais precursores dos neurotransmissores tirosina, 5-HT, glutamina e tantos outros, que estão presentes em frutos básicos como a banana ou em castanhas. O brasileiro come mal, come amido e salsicha.
Uma opinião negativa originada de uma colega tão influente provoca um banho de água fria no hercúleo trabalho que desenvolvo de fortalecer e disseminar as bases de uma alimentação mais crua e orgânica para nossa população.
Será de bom valor que pesquise um pouco a bibliografia de Gabriel Cousens, que vem ao Brasil em maio de 2011, para lançar os livros Nutrição Espiritual e Existe Cura para o Diabetes. sim existe cura em 57% dos casos do tipo II e 37% dos casos do tipo I. Mais não posso expor em uma simples carta;
Espero que aceite minha crítica ao seu comentário e que se interesse, como pesquisadora aplicada que é pelos convincentes estudos sobre neurologia e depressão. Cousens apresenta a tese do cérebro bioquímicamente modificado que deveria fazer parte de qualquer currículo de medicina.
Aliás é a ausência absoluta do tema nas grades curriculares que determina a rejeição gratuita que muitos de meus colegas tem pelo tema. Mas estes dias estão contados.
Fique em Paz, e que esta Paz venha de sua mente em equilíbrio.
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Alberto P. Gonzalez, médico
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